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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

NÃO É AMOR


Nunca foi
Esse seu cheiro que me invade quando o vento toca o rosto
Não pode ser presságio de amor

E quando teus olhos
me lembram a imensidão do mundo
E me acalentam a alma
é só um suspiro,
mas amor não é

E minha boca
quando deseja a tua tal qual alimento
quando chama teu nome à noite
e geme
é só dialogando com o acaso

Minha pele
que se arrepia ao menor contato com a tua
só sente frio
porque amor não dá essas coisas

E meu peito, quando grita pelo teu
querendo que essas duas ondas se esbarrem
formando mar

Mar
que foi teu primeiro nome
Na nossa história
O mar
quando me lembra que existe amor
é só porque as ondas varrem a terra
e apagam qualquer rastro

Quando eu te amo
todas as vezes
que te amo
não são por amor

Não são e nem podem ser.

Se te quero,
quando quero
Não é amor. É precipício.
É o olhar no infinito
quando acaba o chão
e a gente se vê mundo.

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