Olá

Bem vindo a partes de mim



terça-feira, 28 de junho de 2011

Sábias palavras de Saramago

"Pergunto-me como é possível ver a injustiça, a miséria e a dor sem sentir a obrigação moral de mudar o que se vê. Quando olhamos à nossa volta, vemos que as coisas não funcionam bem: quantias exorbitantes são gastas para mandar um equipamento para fazer exploração em Marte enquanto centenas de milhares de pessoas não têm o que comer. Por causa de uma espécie de automatismo verbal e mental, falamos em democracia, quando, na verdade, não nos resta gestos repetidos mecanicamente. Os homens, e os intelectuais como cidadãos , temos a obrigação de abrir or olhos"

"José Saramago: Crítica de La Razón Impura". Clarín, Buenos Aires, 12 de abril de 2004 [entrevista a Flavia Costa]
                                       

Texto retirado do livro: "As palavras de Saramago", página 353

domingo, 26 de junho de 2011

Vida

           "Nós, seres vivos, temos pela frente um circuito: nascer, crescer e morrer. Nesse circuito existem obstáculos, buracos, e ruas da felicidade feita de tijolos dourados. Precisamos de ajuda, de ter em quem confiar, no que ter fé, num ponto de apoio. E é aí que entram os sentimentos. Alguns deles vem pra nos deixar tristes, outros alegres, outros pra nos erguer e sustentar. Acredito que tudo na vida é para um bem superior, então por isso, se choro hoje, é pra amanhar descobrir consolo em um ser que não imaginava. A vida é sempre cheia de curvas, nas quais você não consegue ver o quer está ao final, se é a felicidade plena ou mais um desafio.
           Devemos enfrentar com todas as forças, mesmo que a correnteza seja forte, mesmo que os ventos soprem contra, é disso que a vida é feita. O amor é o pai dos sentimentos, pai da vida. Nele nós encontramos apoio e forças pra derrotar o que nos impede de seguir nosso destino e realizar nossos sonhos. É o amor que nos faz ter fé em um ser superior, que criou tudo, que é o Senhor e Salvador. A quem devemos respeito e temos esperança. É o amor que agita nosso espírito, que nos faz ajudar, e ter amor ao próximo. É o amor que nos completa, que nos faz encontrar nossa metade do ser. Nos une em laços fraternais ou de amizade. É esse sentimento que aproxima o mundo, o deserto dos pólos. E é isso, a vida, o mundo, os choros, as risadas, cada abraço, cada briga, é tudo isso que me faz acordar todos os dias, agradecer e desejar que minha vida seja vivida assim, intensamente, mas sem pulos de bang-jump, sem montanhas pra escalar, apenas com sorrisos, abraços, choros e discussões, pois é disso que eu me alimento. Com isso que eu construo minha história, é disso que ela precisa; de seres, de pessoas, e de ser regada com muito amor. Viva aos dias, viva as noites, viva a cada amanhecer e cada abrir de olhos, cada bocejo, cada gargalhado com as amigas, cada beijo, cada vergonha, cada situação bizarra, cada segundo, cada minuto. Viva à vida, viva a cada criança que chega a terra, viva a todos os dias que acordamos e estamos vivos!

Eu só quero um amor, uma vida, e pessoas em quer confiar e amar!"


Esse é um texto que escrevi à alguns anos e acabei de achar aqui, nos meus antigos arquivos de computador. Quis postar por pura saudade, acho. Essa era eu à alguns anos atrás, e, se alguém ler esse pequeno texto, acabou de conhecer um poquinho dela. Um pouco do que fui e pensei.

domingo, 12 de junho de 2011

Um arrepio enquanto olho o céu. Veio um vento frio do aceano e entrou aqui na minha janela. Ele trouxe um sentimento estranho, sabe aquele sentimento tão íntimo que nem você consegue desvendar, só sentir? É esse o que habita em mim agora. Estou sem palavras e sem reações. Só quero parar e sentir. Quem sabe um dia eu me desvende, então ai vou poder me mostrar para você.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O adeus de Anna

Anna encontra-se na porta de casa, com uma mão na maçaneta e a outra segurando uma caixa. Ela dá um último olhar naquele que foi seu lar por tanto tempo. Um pé dentro, um pé fora. Na caixa estão suas lembranças, alguns de seus livros, suas fotos, um pouco dela e a saudade.
É estranho olhar para as paredes e reconhecer  ali um poquinho de você. Ver os espaços vazios onde antes estavam as cadeiras, o sofá, a mesa, a cama e também enxergar ali várias cenas, risos, choros, abraços, amizades, amores ou apenas noites tediosas dela com ela mesma e seus livros. Anna vê em câmera lenta retalhos da sua vida passando por seus olhos. Uma mescla de real e surreal sempre ronda uma despedida, seja da casa, da família, dos amigos ou amores. Afinal, uma parte da sua vida fica ali quando você se vai, então as lembranças colorem o branco das paredes e selam os abraços e beijos da despedida.
O adeus é difícil e requer força. Além disso sabedoria para discernir quando é hora de partir. É preciso ver bem para diferenciar apenas uma crise do real fim.
Uma última olhada, um sorriso e um clic da fechadura. Anna fecha a porta e desce as escadas, chega até o portão e olha mais uma vez o prédio como um todo, admira quatro anos da sua vida materializados em tijolos. Sorri mais uma vez, "foram bons anos, afinal" pensa. Anna vira-se e vai embora. Mais um fim se foi, agora é a hora de mais um início.