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domingo, 15 de maio de 2011

Soneto

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos denste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que  não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te  até nas coisas mais pequenas.
Por toda a minha vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.

                                                Elizabeth  Barret (Sonnets from the Portuguese) (tradução Manoel Bandeira).

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