Olá

Bem vindo a partes de mim



domingo, 27 de novembro de 2016

é difícil reacreditar no amor. Mais difícil ainda, penso eu, por ser o curso natural da vida, por ser o mais comum à trajetória. Dói ver que o amor, mesmo quando morre, quando fura, quando maltrata, renasce, floresce, arruma jeito de ser reeguer. E então sua dor já nem é tão sua assim, porque isso também passa, e mesmo você, que se via tão aprisionada ao sofrimento, que havia feito nele a morada e o ninho que iriam te proteger de futuras desilusões, mais uma vez se vê caminhando. Porque o que dói não é o fim do amor, o tiro certeiro que atinge o coração; o que machuca é ver o sentimento morto ao chão, depois de tanto cambalear sangrando. O que nos devasta não é sua morte, nem o luto, é o que acontece depois da morte, aliás. Retira-se o corpo, limpam as manchas de sangue, abrem de novo o trânsito. Pronto, já esta estabelecida a normalidade na salgado filho ao meio dia da segunda feira, sem memória, marca ou sinal que denuncie minimamente a tragédia da madrugada anterior.

é dia, a vida segue, e é isso o que mais dói.

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