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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

que

Que as linhas se preencham sós. Que arrastem aqui de dentro algo que não consigo trazer. Que minhas frases sejam simples, que mais simples ainda seja eu. Que eu ache algo interessante, mas que, antes disso, eu me ache.
As lágrimas que se precipitam agora são por mim. Uma eu que não sabe o que é e porque não consegue decidir por si mesma o que fazer. Nem consegue se distrair o suficiente, e talvez nem queira. Queira logo é resoluções, não colocar os problemas pra baixo do tapete, escondendo-os do mundo, mas ainda assim convivendo com a poluição deles.
Mas, por certo, se alguém me pergunta agora o que eu tenho, logo teria como resposta um completo e sincero 'não sei'. É algo aqui dentro. Remexendo, fazendo uma bagunça danada em mim. Algo que eu preciso acalmar, antes de poder fazer algo mais. Acho que esse barulho deve ser o meu eu chamando a mim mesma, perguntando 'quem é você?' ou o que eu quero, perguntando o que aconteceu com os eus que deixei pela estrada, pelo que o caminho tragou da minha essência.  Eu me pergunto quem fui e quem sou, tenho medo do virei a ser. Talvez perguntar seja arriscado e até um ciclo sem fim, mas parece-me melhor pelo menos perguntar do que conformar-me com o que tenho, sem perspectiva de crescimento, apenas fingindo não ter a lacuna que tenho. Porque enquanto eu não descobrir nem o que é, não posso mexer assim com a vida alheia, a minha ou dos outros.
Na verdade, saber eu não de nada. No fim, saber todas as leis de Newton, ionizar moléculas ou decorar o ciclo de Krebs não ajudam muito. O mundo, além de poeira estelar, ou biosfera é um mistério.
Eu, além de máquina ou fruto da evolução, sou uma mente, algo vivo! Imagine só, vivo! Penso, existo e sou também um mistério.
Que o alívio venha doce para meus ansiosos lábios. Que eu não me iluda pelo superficial. Que o mundo seja sempre esse maravilhoso mistério. E eu? Que eu seja mais um ao fazer serenata às miríades de estrelas, numa node escura sem solidão.

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