Olá

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sábado, 15 de agosto de 2015

minha poesia nunca quis rimar
nunca teve intenção de ser lida

Minha poesia nunca foi espetáculo

ela não será lida, não será ouvida
e não será lembrada

minha poesia
é só pra me desafogar
é pra me parir
é pra eu começar a me doer

Minha poesia, só serve pra uma coisa:
me trazer à tona
me deixar às margens de mim

A flor, na pele
aflor (cr)es cer
à flor da pele

Assim como eu
não deixa rastro
não procura holofote

vai deixar sua marca cravada na pele
sua leitura só se chega nos olhos que a procuram
ávidos, sem medo
encontram seu destino

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