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domingo, 14 de agosto de 2011

Meu bichinho de estimação

Tem horas que é inevitável se perguntar se as amizades têm prazo de validade. É ruim depois saber que não dá pra saber bem se elas tâm ou não. Pois se elas têm, queria eu que não tivessem!
Fui arrancada do meu berço, do meu lugar. Jogada num mundo novo e tive que me adaptar. Seguir a vida longe da minha vida, não é fácil. Cada mágoa aqui só me lembra o quanto era feliz lá. Todo o amor que tinha, tudo que tinha inda por fazer...
Mas quando a vida move-se ela não espera que você termine os afazeres que planejou. Ela te leva ainda com o pó a ser tirado dos móveis, o pratos a serem limpos e a porta a ser trancada. Ela te leva e só te resta ir, sem contradizer.
Pior ainda é quando você vê sua vida antiga seguindo sem você. Sua saudade aumenta e a vontade de estar lá, felicitando a vitória dos amigos, ajudando nas labutas cotidianas, ou apenas vivendo normalmente é tão grande que chega a faltar o ar. Tento não me entregar, viver aqui pensando o mínino que consigo no passado. É duro, mas é preciso. Se Deus quis assim, só posso confiar nEle e seguir. E assim eu vou.
Mesmo assim, ainda é difícil viver com aquele bichinho que mordisca meu peito de quanto em quanto. Aquele bichinho que nomeei de Saudade. Ele mordisca, me machuca, mas também brinca, me faz rir, chorar. Mas Saudade na verdade só me faz amar. Amar um passado que luto para deixar presente. Amar a esperança de um futuro juntos. Me amar por saber quanto amor do mundo me é destinado por aqueles que, agora, encontram-se longe.
Saudade se faz presente à cada foto que saiu tremida porque o riso não pôde ser contido. À cada lembrança, cada sombra do que antes enchia meus dias.
Saudade é ser visitada em sonhos, na alma, quando o corpo não se pode fazer presente. Saudade é um amor tão grande, tão grande, mas tão grande que só quem tem uma Saudade como a minha sabe ter.

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