Era ainda antes da meia noite, mas o vento marítimo desta esquina do continente não costuma perdoar quem nasce do agreste e desce para a praia; meu corpo tremia de frio e os pelos arrepiavam-se nos calafrios da espera interminável que precedia a sua chegada. Naquele tempo, aguardando sob a luz amarela dos postes - claros demais - do setor I, eu tilintava os dedos na mesa, ansiosa pela visão que encheria meu corpo de calor, mesmo sem saber se estava preparada para receber tal onda.
31 de outubro de 2016
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